F e l i z D i a D a s M u l h e r e s

Mulhere na História

Um dos objetivos da história é estudar a ação dos seres humanos no tempo. Inclusive ao longo do tempo, várias formas de se escrever a história foram desenvolvidas, sendo que até o final do século XIX predominava o estudo de grandes personalidades e de também de grandes feitos políticos e militares. Esta forma de se estudar a História relegou um lugar secundário, quando não inexistente, à história das mulheres no tempo. As explicações podem estar relacionadas ao fato de que a preponderância e dominação masculina foram instituídas, ao menos nas sociedades ocidentais, desde os primórdios da civilização grega. Esta situação levou a uma dupla situação: eram os homens que conduziam predominantemente as ações políticas e militares; ao mesmo tempo em que eram os historiadores do sexo masculino que escreviam a história destas ações. A consequência foi uma subalternidade das mulheres nos domínios políticos e militares públicos (já que no âmbito doméstico a situação era um pouco distinta) e também como objeto de estudo historiográfico.

Mulhere na Música

A história das artes envolve uma breve participação feminina. Ofuscadas pelo forçado protagonismo masculino, sua integração na música ainda nos dias atuais é pequena quando considerada a dimensão da indústria musical e as áreas de atuação que uma mulher, potencialmente, poderia ocupar. Quando nos palcos, as que detém os holofotes ainda precisam suportar as pressões externas e internas em constante busca de atingi-las por todos os lados, enquanto aquelas que preferem os bastidores mal são estimadas para qualquer vestígio de participação. De uma maneira ou de outra, a indústria musical se mostra carregada de um sexismo prejudicial à integralização feminina no cenário.

Mulhere na Ciência

Durante muito tempo, a presença feminina foi rechaçada em ambientes que pregam a racionalidade e praticam as ciências exatas. Tudo isso motivado pela crença de que o gênero feminino é mais delicado e pertence à ambientes de assuntos domésticos. Isso, entretanto, não impediu que muitas mulheres lutassem contra essas crenças e garantissem seus lugares dentro das ciências, da tecnologia e da engenharia. Não são poucas as histórias de pioneiras que venceram os preconceitos de seus tempos para se tornarem parte essencial em descobertas que ainda hoje mudam o mundo.

Mulhere na Programação

Se olharmos para a história da tecnologia, veremos que as mulheres estiveram presentes em momentos importantes de seu desenvolvimento. Foram elas que criaram os primeiros algoritmos de computador e a conexão wireless, por exemplo. Um dos nomes mais lembrados é o da britânica Ada Lovelace, considerada a 1ª mulher programadora. Ela criou o primeiro algoritmo, em 1843 — muito antes de os computadores serem inventados. Já Grace Hopper foi a primeira programadora formada em Yale. Ajudou a criar a linguagem de programação COBOL, usada em bancos de dados comerciais. Grace ainda inventou o termo bug para designar erros nos sistemas. Para completar, linguagens criadas por ela foram usadas no primeiro computador comercial fabricado nos Estados Unidos. Por essas razões, é estranho notar que, com o tempo, as programadoras foram se tornando uma minoria no mercado de Tecnologia da Informação (TI).